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Especialista da UFMA explica sobre os riscos da automedicação

Publicado em: 10/08/2018

SÃO LUÍS - Dados da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) apontam que o Brasil está entre os países no mundo cuja população mais se automedica. A pesquisa, publicada em julho deste ano, mostra que 7 em cada 10 entrevistados fizeram uso de medicamentos por conta própria no último ano. O resultado corrobora com o ranking mundial dos países onde mais se pratica a automedicação, no qual o país ocupa a quinta posição.

Para a docente do curso de Farmácia, Maria Luiza Cruz, da Universidade Federal do Maranhão, esse é um problema de saúde pública. “As pessoas passam em média de três a seis meses na fila do SUS, entre o primeiro atendimento e o diagnóstico. O problema é que a dor não espera. Então o que você faz? Recorre ao consumo por conta própria. Infelizmente, essa não é mais uma exclusividade da rede pública”, afirmou.

Medicamentos mais consumidos

Mesmo com todos os alertas e as leis que coíbem a venda de quimioterápicos, esses estão entre mais consumidos pelos brasileiros. A pesquisa, realizada em cinco países: Portugal, Itália, Espanha, Bélgica e Brasil, pontua ainda o consumo de medicamentos vendidos sob prescrição médica. Nesse caso, o Brasil obteve o pior índice, com 40%, seguido por Portugal (22%), Itália (17%), Espanha (12%) e Bélgica (11%).

Os riscos da automedicação

O médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista Paracelso já advertia, desde o século XVI, que todas as substâncias são venenos. “Não existe nada que não seja venenoso, somente a dose correta diferencia veneno do remédio”, afirmava. Por isso a farmacêutica Maria Luiza explica que existem vários riscos envolvidos com consumo indiscriminado de medicamentos, sendo eles de curto, médio e longo prazo.

A curto prazo, as pessoas estão expostas a alergias, poluição do meio ambiente pelo descarte incorreto do fármaco e até a morte. “Corte ou acentuação do efeito, inclusive quando misturados a fitoterápicos, configuram como riscos a médio prazo. Já o uso contínuo de certos medicamentos, a longo prazo, podem esconder doenças mais graves e dificultar seu tratamento”, explicou.

O profissional de farmácia desempenha um papel fundamental na reeducação das pessoas, é o que afirma Cruz. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o farmacêutico tem que ajudar a população a entender que a automedicação pode ser feita, mas de maneira responsável. “Eles precisam estar efetivamente nas unidades de saúde orientando a população, que os consultórios farmacêuticos cheguem às unidades de saúde, como é tendência em outros estados”, complementa a professora Maria Luiza.

Outro obstáculo a ser superado, segundo a especialista, é a falta de coleta desse tipo de dados no estado. A especialista demonstra preocupação. “O Maranhão não notifica nada, pois não possui o Sinitox, centro de intoxicação que compila os dados sobre os eventos que acontecem com medicamentos. O Maranhão está muito aquém dos outros estados. Sem esses dados, não é possível desenvolver ações de reeducação”, observou.


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Produção: Géssica dos Anjos
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Maiara Pacheco
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Suellen Sullivan
Última alteração em: 13/08/2018 14:57

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