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SÃO LUÍS - Teve início, na quarta-feira, 25, no Auditório Setorial do Centro de Ciências Humanas (CCH), na Cidade Universitária Dom Delgado, o III Simpósio Nacional de Tecnologias Digitais na Educação, com o tema “Tecnologias Móveis: aplicativos e possibilidades pedagógicas”.

O evento, promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Tecnologias Digitais na Educação (GEP-TDE) da Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da Fapema, tem por objetivo discutir o uso pedagógico das tecnologias na educação.

Segundo o coordenador do evento, professor João Bottentuit, os professores precisam conhecer os recursos tecnológicos e verificar quais se adaptam aos conteúdos que pretendem trabalhar.

“É fundamental que o professor identifique o perfil de seus alunos para poder introduzir recursos tecnológicos capazes de facilitar a aprendizagem em sala de aula. Quando estimulamos nossos alunos com atividades que desenvolvem a visão, audição e o tato, esse aluno ficará mais atento às aulas, e, consequentemente, será um aluno mais participativo e produtivo”, destacou.

O professor também falou como as tecnologias são vistas no processo de ensino-aprendizagem no ensino superior. “Na academia, as tecnologias são amplamente utilizadas pelos alunos para estudar, realizar seus trabalhos acadêmicos, mas, infelizmente, ainda temos muita resistência por parte dos professores. O evento vem justamente com o propósito de tentar quebrar essa barreira e tentar mostrar para os docentes que as tecnologias móveis podem ser grandes aliadas no processo pedagógico”, frisou.

Em seguida, a conferência de abertura foi proferida pelo professor Luís Leopoldo Mercado, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Na ocasião, o professor discorreu sobre “As tecnologias móveis na educação”.

“Eu vejo possibilidades muito grandes em se usar as tecnologias móveis no campo da educação, porque elas trazem um elemento crucial, que é a possibilidade de integração das mídias — vídeo, texto, áudio, imagem. Essa convergência de mídias que a tecnologia móvel permite é algo fantástico, além da questão da mobilidade, que implica a capacidade de poder carregar tudo isso sem precisar usar grandes dispositivos, a exemplo do aparelho celular, permitindo assim que a aula saia do espaço físico a que estamos acostumados”, disse.

O palestrante também enfatizou sobre o cuidado que as pessoas devem ter ao acessar determinados conteúdos. “Entendo que o uso da tecnologia não é um problema. O imbróglio está no conteúdo a que se tem acesso. Um dos aspectos abordados na palestra é a curadoria de conteúdo, que implica o professor ter o papel de selecionar materiais de boa qualidade para indicar aos alunos. É importante salientar também alguns aspectos negativos, que seriam: o excesso de conteúdo midiático indevido compartilhado na internet, a exemplo das fakenews, e as discussões que se extrapolam por questões ideológicas, políticas e religiosas, em que as pessoas usam das ferramentas midiáticas para denegrir o outro”, explicou.

Em sua 3ª edição, o Simpósio teve aproximadamente 900 inscritos de várias regiões do Brasil, e alguns participantes da Venezuela. Para a participante Sabrina Guedes, da cidade do Rio de Janeiro, é de suma importância discutir sobre a inserção dos dispositivos móveis nos ambientes educacionais.

“Precisamos incorporar as novas tecnologias não somente como ferramenta, mas principalmente como uma linguagem, partindo do principio de buscar compreender por que essas tecnologias estão se fazendo tão presentes no cotidiano dos nossos alunos, e por qual motivo elas ainda não adentraram os nossos espaços escolares”, comentou.

A programação do III Simpósio segue até essa sexta-feira, 27, com a realização de mesas-redondas, palestras e minicursos.

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Produção: Géssica dos Anjos
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Marcus Elicius
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Nathália Ribeiro
Última alteração em: 26/07/2018 15:08