UFMA

SÃO LUÍS - Com o tema “Vozes epistêmicas e saberes plurais na educação” ocorreu, nesta segunda, 19, a conferência de abertura do I Colóquio de Pesquisadores das Epistemologias Étnico-Raciais e de Gênero na Educação (Coperge). O evento, iniciado no Auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, reuniu pesquisadores das relações étnico-raciais e de Gênero dos Departamentos de Educação I e II da UFMA, além de Gérson Pinheiro de Souza, secretário de Igualdade Racial do Governo do Maranhão.

Buscando debater, de maneira concisa e aberta, a questão da representatividade e das relações étnico-raciais, não apenas nas instituições de ensino como na própria sociedade, o evento tem por objetivo abordar assuntos que envolvam debates entre pesquisadores engajados e com experiências de enfrentamento das desigualdades raciais e de gênero, visibilizando e legitimando saberes e experiências historicamente silenciados.

Discussão de gênero

A professora Francilene Brito, uma das conferencistas da palestra de abertura, destacou a importância de abordar temáticas como essas na Universidade, salientando como a discussão de gênero dentro da instituição tem uma relevância significativa, e como o diálogo tem seu papel de destaque.

“Quando se cria um evento desses, é preciso se atentar à questão das mulheres, mais precisamente das mulheres negras. Isso porque a sociedade percebe que estamos à margem e quando ela adquire consciência disso, começa a dialogar conosco. E dialogar significa reconhecer os direitos, porque eu dialogo com quem está no mesmo patamar que eu. Estabelecendo uma relação dialógica com as mulheres afrodescendentes, eu reconheço que elas estão na mesma relação de dignidade que eu”, pontuou.

De acordo com a professora, não há solução rápida e eficaz para democratizar o saber e o acesso à educação. E o diálogo permanece como principal meio de encontrar respostas para esses problemas: “O problema é que achamos que existe uma solução pronta, e não existe. Essas soluções devem ser tiradas do cotidiano, da vida, sendo que essas soluções só são perceptíveis quando detectamos as demandas sociais. E só conseguimos isso por meio do diálogo com as próprias vozes que foram caladas ao longo do tempo”.

Resultados positivos e satisfatórios

A coordenadora do evento, professora Raimunda Nonata, destacou os resultados positivos da realização de eventos como esses, concentrando suas discussões na instituição: “Qualitativamente nós estamos tendo bons resultados em termos de produção de conhecimento, de pesquisa e de discussão, junto com os nossos alunos, na sala de aula. Nossa expectativa é, sobretudo nesse momento que estamos vivendo, de tanto preconceito e discriminação, manter essa discussão no campo da educação dentro da universidade e das escolas”.

Representando a reitora Nair Portela, a pró-reitora de Ensino, Dourivan Câmara, parabenizou os organizadores do evento. “Esse evento é a demonstração de quanto o trabalho coletivo se sobrepõe às dificuldades, às restrições, e aos impedimentos hoje impostos às universidades públicas. Então parabenizo toda a comissão organizadora, bem como os grupos de pesquisa envolvidos, em realizar este evento tão importante”, enfatizou.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Produção: Géssica dos Anjos
Revisão: Jáder Cavalcante
Fotos: Rodrigo Bomfim
Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 19/03/2018 14:37