UFMA

SÃO LUÍS - A temporada de chuvas no Maranhão, que ocorre, normalmente, entre os meses de janeiro e junho, tem impacto no cotidiano das cidades, afetando diversos setores do estado e alterando a rotina da população no dia a dia. Um dos ramos que sofre mais alterações é o turismo, cuja atividade muitas vezes precisa ser adaptada ao período das chuvas.

De acordo com o professor Saulo Ribeiro, do curso de Turismo e Hotelaria da UFMA, de fato há um declínio nas atividades do setor do turismo durante este período, em razão de uma série de fatores, entre eles, a temporada de chuvas.

“Na verdade, o período chuvoso coincide com o período da baixa temporada, que é após o carnaval. E isso é completamente normal na atividade turística, já que as pessoas voltam a trabalhar e há uma redução no fluxo de visitantes, não apenas aqui no estado, mas em todo o Brasil”, explicou.  

Adaptações no período chuvoso

O período de chuvas, entretanto, não atrapalha a atividade turística dos visitantes que decidem se aventurar pelas ruas de São Luís nesses seis meses. O professor Saulo enfatiza que existem centros culturais e lugares fechados que são dotados de informação e história, e que podem ser muito bem aproveitados.

Museus, teatros como o Artur Azevedo, igrejas abertas à visitação, além da própria sede do Governo do Estado, o Palácio dos Leões, têm atividades que são desenvolvidas e retratam mais a cultura maranhense e a identidade local.

Baixa temporada = preços mais acessíveis

Em relação aos valores de pacotes de viagem, Saulo explica que há uma redução dos preços como um modo de atrair os visitantes nessa época do ano. “Durante esse período de baixa, há uma tendência na redução do preço, tanto das diárias dos hotéis quanto no preço dos pacotes, e até da própria passagem aérea, já que existe uma diminuição da demanda, que é formada pelos turistas”, afirmou.

Treinamentos ao comércio

O comércio informal também tem passado por um processo de treinamentos para melhorar a recepção aos visitantes, tanto no período de grande demanda de turistas quanto no período de baixa. Porém, de acordo com o professor Ribeiro, outras instituições também devem empenhar-se em promover esses processos.

“O Governo do Maranhão tem promovido uma série de treinamentos para a capacitação dos ambulantes, principalmente daqueles que atuam na área do turismo, como os vendedores de comidas típicas na Praia Grande, por exemplo. Mas é necessário um projeto de permanência dessa capacitação, não apenas por parte do governo, mas da própria UFMA e de outras instituições, promovendo atividades educacionais no sentido de beneficiar esses trabalhadores que lidam diretamente com os turistas”, concluiu.

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Produção: Marcos Paulo
Revisão: Jáder Cavalcante

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Tatiane Raquel
Última alteração em: 20/02/2018 15:06