UFMA

SÃO LUÍS – Alunos do Curso de Relações Públicas da UFMA promoveram na terça-feira (10), no Auditório Mário Meireles, do Centro de Ciências Humanas (CCH), o evento “Na dose certa: painel sobre o potencial empreendedor, cultural e gastronômico da cachaça artesanal”. O evento faz parte da avaliação bimestral da disciplina “Planejamento e execução de eventos organizacionais”, ministrada pela professora Nilma Lima.

O painel contou com palestras de profissionais com diferentes expertises no tema, como a professora do Departamento de Turismo e Hotelaria da UFMA, Ana Letícia Burity; o empresário e produtor da cachaça Azulzinha Maranhense, José Antônio Campos; e o consultor e especialista em Tecnologia da Cachaça, Mário Carneiro.

De acordo com a coordenadora da comissão organizadora do evento, a aluna do curso de Relações Públicas Paloma França, a intenção do grupo, ao escolher o tema, foi realizar uma abordagem diferenciada para a cachaça artesanal. “A escolha do tema foi feita com o objetivo de evidenciar a importância da cachaça artesanal como elemento de identidade cultural e gastronômica com a finalidade de difundir o tema no âmbito acadêmico”.

A professora do Departamento de Turismo e Hotelaria da UFMA Ana Letícia Burity ilustrou como a utilização de um produto regional contribui para a identidade gastronômica de uma região. Segundo ela, a cachaça virou identidade brasileira a partir da sua valorização pelos estrangeiros. “A partir dos anos 90, com a valorização e demonstração de interesse dos estrangeiros, a cachaça artesanal se tornou parte da identidade brasileira, assim como a caipirinha”.

Para a professora, muitas pessoas acham que no Maranhão só se bebe tiquira. “Aguardente é um produto, e a cachaça é um tipo de aguardente que existe no Maranhão, além da tiquira. Portanto devemos valorizar o que temos sem menosprezar os produtos de fora”.

O empresário e produtor da cachaça Azulzinha Maranhense, José Antônio Campos, falou do empreendedorismo do produto e o processo de valorização da cachaça artesanal no mercado atual. Para ele, desde o começo da comercialização da cachaça no Brasil, entre 1516 e 1548, o país não conseguiu colocá-la no mercado internacional.

Conforme os dados do empresário, no Brasil, a cachaça movimenta 13 milhões de dólares por ano em exportação, enquanto o México arrecada por ano um bilhão de dólares por ano com a mesma atividade. “A cachaça é a bebida destilada mais consumida no Brasil, só perde para a cerveja. No entanto a menor exportação do Brasil em relação ao México deve-se à divulgação e à valorização, que é menor que a do país da América Central”.

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Produção: Rosana de Oliveira
Revisão: Jáder Cavalcante e Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Deolindo Deolino
Última alteração em: 13/01/2017 14:44