UFMA

SÃO LUÍS - A professora Silma Regina Ferreira Pereira, do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão, desenvolve, juntamente com a Liga de Acadêmica de Genética Médica (Lagem) e o Laboratório de Genética e Biologia Molecular (LabGeM), pesquisas na área de genética humana, epidemiologia e toxicologia, e como reconhecimento de todo esforço, os resultados dos seus estudos estão sendo divulgados a nível nacional e internacional.

Na XV Conferência Internacional em Redução do Estresse Oxidativo, Homeostase Redox e Antioxidantes, realizada em junho, na França, a professora Silma Pereira, apresentou o trabalho intitulado “Ginistein, A Potent Antioxidant, Reduces DNA Damage Induced By Antileishmanial Glucantime (Meglumine Antimoniate)”, ou em tradução livre: “Ginistein, um potente antioxidante, reduz o dano ao DNA induzido por Glucantime Antileishmanial (Antimoniato de Meglumina)”. Além da professora, a pesquisa contou com contribuição dos alunos Luís de Jesus e Rossy-Eric Soares e da orientadora Vanessa Moreira. O trabalho mostrou que a genisteína, um potente antioxidante, foi capaz de reduzir os danos causados ao material genético pelo Glucantime®, fármaco de primeira escolha utilizado no tratamento das leishmanioses.

Já no mês de agosto, a pesquisadora foi até os Estados Unidos e apresentou o trabalho intitulado “Does antileishmanial glucantime cause DNA damage by oxidative stress?", que em tradução livre significa “O antileishmanial Glucantime causa danos ao DNA por estresse oxidativo?”, no 4° Encontro da Cúpula Mundial de Toxicologia, que ocorreu na Filadélfia, nos Estados Unidos. O foco da pesquisa é o tratamento que ocorre por meio do uso do medicamento Glucantime® (antimoniato de meglumina), no entanto, a estrutura do medicamento e os mecanismos de ação e propriedades mutagênicas não estão totalmente elucidados.  Através de pesquisas feitas com o Glucantime, a pesquisadora teve por objetivo compreender a expressão diferencial de genes envolvidos no estresse oxidativo em animais infectados, bem como determinar a carga de parasitas em animais tratados com Glucantime® e genisteína concomitantemente, a fim de desenvolver estratégias terapêuticas e novas abordagens que visam reduzir os efeitos colaterais de Glucantime® sem afetar a sua eficácia no tratamento da leishmaniose.

Vale destacar que os trabalhos apresentados pela professora Silma Pereira só puderam ser concretizados graças ao trabalho em conjunto da Lagem e do Labgem que já são referências em estudos desenvolvidos na área de genética médica no estado.

Saiba mais

Silma Regina Ferreira Pereira é graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal do Maranhão; possui mestrado em Genética pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; tem doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutoramento em Georgetown University Medical Center, em Washington DC, EUA. É professora da Universidade Federal do Maranhão, ministrando a disciplina de Genética na graduação para os cursos de Ciências Biológicas e Medicina. Professora permanente do Mestrado em Biodiversidade e Conservação, do Mestrado em Ciências da Saúde da UFMA e do Doutorado da Rede Bionorte. Possui experiência na área de genética, com ênfase em genética humana e médica, atuando principalmente nos seguintes temas: citogenética-molecular humana, genética de doenças infecciosas e parasitárias e mutagênese.

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Revisão: Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Texto: Géssica dos Anjos
Última alteração em: 01/09/2015 18:47