UFMA

SÃO LUÍS - Em 25 de maio de 1963, chefes de estados africanos reuniram-se na cidade de Adis Abeba, na Etiópia, para enfrentar a subordinação que o continente vinha sofrendo. Na ocasião, foi fundada a Organização da Unidade Africana (OUA), conhecida hoje como União Africana (UA). E para lembrar essa data, o Departamento de História, com apoio do Programa de Pós-Graduação de História, do Grupo de Pesquisa Mundo Atlântico e as suas Diásporas (GMAD) e da Universidade Federal do Maranhão, realizou na última segunda-feira, 25, o seminário “África fora de casa”, com o tema “Diáspora, Gênero e Identidade”.

O evento contou com a participação dos estudantes africanos de graduação e pós-graduação da UFMA - que ministraram palestras, mesas-redondas, minicursos e oficinas - e de professores e alunos do Curso Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros e dos cursos de graduação e pós-graduação em História.

A abertura dos trabalhos começou com a mesa-redonda que discutiu as relações internacionais ligadas à UFMA e ao Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G). A mesa foi coordenada pelo professor do Departamento de História, Manoel de Jesus Barros Martins, com participação do mestre em Políticas Públicas, Anso da Silva, e dos graduandos em Jornalismo e Ciências Econômicas, Deolindo Deolino e Antonio Pindale, respectivamente, que explicaram o que é o PEC-G, desde a sua fundação, em 1965, através do decreto 55.613, até os dias atuais.

Antonio Pindale falou dos motivos que levaram à criação do PEC-G e do crescimento do programa, com apresentação dos dados de 2000 até 2011. Deolindo Deolino mostrou os processos desde a inscrição do aluno na representação diplomática do Brasil nos países participantes do PEC-G, até a sua chegada ao Brasil e a matricula na universidade. Por sua parte, Anso da Silva apresentou a pesquisa que deu resultado à sua tese de mestrado, sobre “Diáspora africana e educação”, tema do trabalho.

Na sua apresentação, Anso da Silva analisou o processo da imigração de jovens estudantes africanos para o Brasil. Tomou como referência o processo migratório, em princípio temporário, de estudantes de diferentes países da África para estudar em universidades brasileiras, a partir de acordos bilaterais firmados entre países em desenvolvimento e o estado brasileiro.

Na dissertação, o estudante analisa essa migração articulada ao processo de implementação de políticas estudantis envolvendo alunos estrangeiros e os processos de socialização desses alunos na Universidade Federal do Maranhão, estabelecendo uma breve comparação com a mesma dinâmica na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

Outras discussões do evento foram estimuladas nas mesas-redondas “Relações de gênero em África” e “Identidade Pós-Colonial”, coordenados pelos professores Viviane de Oliveira Barbosa e Josenildo de Jesus Pereira, respectivamente. Também houve o minicurso sobre “Política e conflitos em África”, ministrado por mestrando em História, Kalil Kaba, a oficina “A arte de trançar na Guiné-Bissau”, com o estudante de Odontologia, Aivandra Menout, e, por fim, a oficina sobre “O uso de turbante na Nigéria”, com o estudante de Engenharia Química, Nuhu Ayuba. 

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Revisão: Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Ascom
Última alteração em: 29/05/2015 12:12