UFMA

SÃO LUÍS - Teve início na terça-feira, 3, e se estende até o dia 5, o Seminário “Por uma Universidade Inclusiva”, que visa promover uma discussão a respeito da inclusão de deficientes no âmbito acadêmico, nas quais serão abordadas temáticas inclusivas. Com realização no Auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire por meio da Pró-Reitoria de Ensino, o evento tem o objetivo de conscientizar a comunidade universitária para facilitar o processo de acessibilidade na universidade.

A mesa de abertura contou com a pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra Cabrera; a professora da Universidade de São Carlos, Maria da Piedade Resende da Costa; a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Maranhão, Mirian Fátima Sousa Rocha; a diretora do Departamento de Desenvolvimento da Graduação, Claudia Maria Pinho de Abreu Pecegueiro; e a coordenadora do Mestrado em Educação, Marisa Wall.

A cota para deficientes foi implantada na Universidade Federal do Maranhão em 2009 e a partir de então a uUniversidade vem tendo um aumento significativo de estudantes com deficiência. Segundo a pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra Cabrera, esse aumento levou a Universidade a fazer algumas adições como a criação do Núcleo de Acessibilidade, assim como mudanças na infraestrutura dos prédios que, por serem muito antigos, necessitavam de adequação à acessibilidade.

Isabel também contou que desde que assumiu a Pró-Reitoria, foram feitas reuniões com os coordenadores de curso e com os estudantes para discutir quais as reais necessidades. “Novos estudantes, como os de surdez, estavam adentrando na Universidade em novas áreas, como as da saúde e tecnológicas, que requeriam, além da infraestrutura de acessibilidade, também uma mediação de intérpretes. Os professores precisavam estar atentos às especificidades de cada uma das deficiências”, comentou.

A pró-reitora afirmou que novos equipamentos serão colocados à disposição ainda no primeiro semestre para auxiliar na inclusão, a exemplo da conversão do texto em voz, como um adicional que auxilia na inclusão dos deficientes visuais. Ela também destacou que o seminário é um momento para fortalecer a discussão sobre o que é necessário para tornar a universidade mais inclusiva. “Estamos no caminho da inclusão, não significa que chegamos lá”, finalizou.

A palestra de abertura foi ministrada pela psicóloga e pedagoga Maria da Piedade Resende, intitulada ‘Os desafios de uma universidade inclusiva’, que abordou a inclusão no ponto de vista educacional. A psicóloga destacou que a palestra é voltada para a inclusão da pessoa com necessidades educacionais especiais, não somente as deficiências. “O professor não estava recebendo esse tipo de aluno com necessidade especial. Antes eles mal chegavam ao ensino médio, agora conseguiram ultrapassar essa barreira, o que necessita uma preparação, tanto dos docentes como discentes”, falou.

A política de inclusão social e acessibilidade que a UFMA implantou terá ainda novas ações. A pró-reitora ressaltou que esta programação é o início de um planejamento para que haja maior capacitação e conscientização da comunidade acadêmica quanto à forma de trabalhar ou como se comportar diante das especificidades das pessoas com deficiência.

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Revisão: Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Carina Andrade
Última alteração em: 05/03/2015 10:46