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Primeiras turmas do Pronera colaram grau na UFMA na última sexta-feira, 27

Ao todo, receberam grau 66 alunos dos cursos de Pedagogia da Terra e Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Ciências Agrárias, Ciências da Natureza e Matemática

Publicado em: 03/03/2015

SÃO LUÍS – Ser professor, cuidar da família, cuidar da casa, ir para as aulas todos os finais de semana, incluindo viagens para assistir aulas em outros municípios, como São Luís e Bacabal, foi a rotina, durante os últimos cinco anos, de Maria da Luz Sousa Estácio e João Batista dos Reis Filho, formandos em Educação do Campo com habilitação em Ciências Agrárias e Pedagogia da Terra, respectivamente. Junto a eles, mais de 60 estudantes do curso de Educação do Campo - com habilitação em Ciências da Natureza, Matemática e Ciências Agrárias - e do curso de Pedagogia da Terra, que colaram grau na última sexta-feira, 27, no Auditório Central da UFMA, pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), referente ao segundo semestre de 2014.

Para Maria da Luz, 52, licenciada em Educação do Campo com habilitação em Ciências Agrárias, moradora da Vila Bom Jesus, município de Bom Jardim, localizado a 722 quilômetros de São Luís, este é mais um passo firme para a classe agrária, em direção ao alcance dos direitos sociais. Maria da Luz conta que, durante o curso, a maior dificuldade foi a de deixar a família nos finais de semana e viajar para assistir as aulas. “Sair do seio da família para enfrentar outras realidades foi a grande dificuldade que enfrentei desde o início desse curso”, desabafou.

A recém-formada disse que se sente honrada por fazer parte dessa turma e deste processo de luta de classe, ajudando a contribuir com a educação do sujeito do campo. O mesmo sentimento é compartilhado por João Batista dos Reis Filho, morador de Buriti de Inácia, município localizado a 322 quilômetros da capital São Luís, graduado em Pedagogia da Terra, que pretende continuar os estudos para poder contribuir com os conhecimentos adquiridos nessa formação para a melhoria da educação no campo.

Para João Batista, a grande dificuldade foi a falta de recursos financeiros para transporte e locomoção de Buriti para Bacabal todas as semanas. “Sofri muito. Não tinha recursos para custear transporte de ida e volta para Bacabal, e para o alojamento durante a minha estadia na cidade”, contou, muito emocionado.

O recém-formado em Pedagogia da Terra lembrou que este curso foi conseguido graças à grande batalha dos movimentos sociais para que os trabalhadores tenham acesso aos cursos das universidades, um direito conquistado com muito suor.

Na abertura da cerimônia de colação de grau, os estudantes apresentaram bandeiras dos movimentos sociais envolvidas na luta pela educação no campo, como Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema).

A cerimônia foi presidida pela pró-reitora de ensino, Isabel Ibarra Cabrera, representando o reitor da UFMA, Natalino Salgado; e teve participação da pró-reitora de Assuntos Estudantis, Cenidalva Teixeira; da assessora de interiorização, Raimunda Ramos Marinho; da coordenadora institucional, Maria da Conceição Lobato Muniz; da coordenadora do curso de Pedagogia da Terra, Diana Costa Diniz; da coordenadora estadual do MST, Lenilde de Alencar Araújo; da diretora da Assema, Ana Cleuma da Conceição Miranda; da paraninfa do curso de Pedagogia da Terra, Adelaide Ferreira Coutinho; e da coordenadora do Pronera, Cecy Gomes Cabral, representando o superintendente regional do Incra, Joberth Frank Alves da Silva.

A pró-reitora de ensino, Isabel Ibarra Cabrera, acredita que cada um dos graduados sairá da UFMA levando na “bagagem” mais do que conhecimento. “Hoje cada um sai daqui com o compromisso de tornar o mundo mais justo e mais igualitário”, contou. A paraninfa oficial, representando todos os professores, Adelaide Ferreira Coutinho, disse que a noite não é de nostalgia e tristeza, mas de alegria e de vitória dos movimentos sociais. “É uma noite que enche de orgulho toda a militância social de longa data”, frisou. A paraninfa também aconselhou os formandos a estudarem mais, porque acredita que eles são os que devem assumir o comando desta sociedade.

O orador da turma representando todos os formandos, Joatan Sousa, disse que esta turma representa a resistência e a persistência por vontade de estudar. “Não podemos esquecer a criminalização que o MST vem sofrendo”, lembrou o orador, da prisão de alguns integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra durante suas lutas e resistências.

Antes de juramento oficial das turmas, os formandos fizeram um juramento em comum com a seguinte frase: “Juramos nunca nos rendermos”. No final da colação as duas turmas contaram o hino do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

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Revisão: Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Deolindo Deolino
Última alteração em: 04/03/2015 18:04

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