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Dia da Doula é comemorado hoje, 18

Em comemoração à data, Dia da Doula, a Assessoria de Comunicação da UFMA entrevistou a enfermeira obstétrica e professora, Jaqueline Bianca de Andrade; a bancária, Paula Jaianir Mendes Silva Borralho; e a assistente social, Nissa Maiara Silva Medeiro

Publicado em: 18/12/2014

SÃO LUÍS - Historicamente, mulheres apoiam outras nos processos de gestar e parir, auxiliando a gestante e seus familiares nas atividades relacionadas ao nascimento e maternidade, naturalmente tornando-se Doulas e/ou Parteiras. A palavra doula vem do grego e significa "mulher que serve", e, hoje, essa palavra serve para denominar as acompanhantes de parto que oferecem suporte afetivo, físico, emocional e de conhecimento para as mulheres, suporte este que pode ser dado antes, durante e depois do parto.

Visando o atendimento de qualidade à mulher no período gravídico-puerperal e ao recém-nascido, conforme o Programa Rede Cegonha e as Boas Práticas em Obstetrícia e Neonatologia, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, promoveu o Curso de Doulas, no período de 17 de novembro, por meio de inscrições feitas pelas interessadas, com o objetivo de inserir as doulas nesse contexto de compromisso com a assistência humanizada.

Em comemoração à data de hoje, Dia da Doula, a Assessoria de Comunicação da UFMA entrevistou algumas das alunas formadas pelo curso do HUUFMA e que, agora, estão atuando dentro do hospital. As entrevistadas foram: a enfermeira obstétrica e professora, Jaqueline Bianca de Andrade; a bancária, Paula Jaianir Mendes Silva Borralho; e a assistente social, Nissa Maiara Silva Medeiros Furtado.

Ascom: O que motivou vocês a participarem do curso de doulas do HU?

Nissa Furtado - Eu já tinha feito outro Curso de Doula que me proporcionou a oportunidade de ser doula particular, então eu vi o curso do HU como uma chance de retribuir toda benção que recebi ao realizar, de forma voluntária, esse trabalho que amo.

Jaqueline Andrade - Vi no curso do HU uma busca a mais de conhecimento e aperfeiçoamento da prática, além do principal, que é poder estar propiciando, para as mulheres, um pouco mais de respeito e cuidado ao seu corpo.

Paula Borralho - O que me levou a fazer o curso foi a experiência traumática de parto que tive, onde percebi que, no momento que tive um apoio, tudo ficou mais suportável. Ali, vi que um apoio psicológico, ou só uma simples companhia, faz uma diferença muito grande em um momento tão especial para a mulher, a transição de mulher para mãe.

Ascom: O que o curso teve de importância e diferencial para vocês?

Nissa - Eu já conhecia a realidade do atendimento obstétrico na rede pública em razão do meu trabalho como assistente social, e muita coisa dessa realidade me afligia. Atuar como doula no SUS, para mim, é uma oportunidade de fazer parte de uma mudança necessária no sentido da humanização do parto.

Jaqueline - O curso do HU é importante pela experiência e, para mim, foi bom porque eu sempre quis fazer algo voluntario.

Paula - O curso foi maravilhoso, foi um complemento por já ter a formação domiciliar. Já tinha o interesse por ser doula hospitalar e o curso me trouxe novos conhecimentos na área.

Ascom: O que significa ser doula para vocês?

Nissa - Ser doula, para mim, significa resgatar o parto, para que ele volte a ser vivido como deve ser, como um processo natural, fisiológico e resgatar o feminino e a tradição de mulheres que apóiam outras mulheres nesse momento.

Jaqueline - Doula vai além do ser, porque é um meio de ajudar mulheres no dom mais sublime da vida que é o nascer. Participar desse momento com essas mulheres e sua família é acreditar que o mundo pode ser um pouquinho melhor.

Paula - Ser doula, para mim, significa ser uma super-mulher, porque, além de nós sermos mulheres e parirmos, ajudamos as outras. A relação é a experiência simplesmente única.

Ascom: Qual é a importância dessa data?

Nissa - Todos os meios que contribuam para que essa atividade de doular se torne mais conhecida e compreendida são importantes.

Jaqueline - A data é importante para que possamos ser reconhecidas como pessoas importantes e que fazem alguma diferença. Como qualquer pessoa tem aniversário e os profissionais têm um dia em sua homenagem, nada mais justo que um dia dedicado a nós. É muito importante que este dia sirva para chamar atenção das pessoas para conhecerem o que somos e o motivo de fazemos isto.

Paula - A data é importante, pois valoriza a nós, doulas, que, apesar de todos sacrifícios vividos no dia a dia, estamos lá firmes e fortes para ajudar outras mulheres.

Ascom: Temos que comemorar bem esta data?

Nissa - Com certeza, eu acho que temos que comemorar! Numa sociedade que prioriza uma intervenção cirúrgica, como a cesariana, em contrapartida ao processo natural de parir, acredito que todas as ações que se voltam para a naturalização do que é natural e a humanização do atendimento devem ser comemoradas.

Jaqueline - Temos que comemorar sim. Afinal, já são algumas vitórias em nossos caminhos.

Paula - Sim, devemos comemorar, pois, como doula, hoje estamos tendo várias conquistas, inclusive no ambiente hospitalar. Este é um avanço para a gestante e para a doula.

Ascom: O que vocês acharam dessa oportunidade que o HU proporcionou?

Nissa - Eu achei excelente! Acredito que está se iniciando um processo de mudança de paradigma necessário no SUS e a abertura dos hospitais da rede para a atuação das doulas é um dos passos nessa caminhada.

Jaqueline - A oportunidade dada pelo HU não é apenas de aprendizado para mim, mas para as mulheres que vivenciaram um nascer de forma mais acolhedora.

Paula - Fiquei maravilhada pela oportunidade que o HU deu, e acho que todas as maternidades deveriam fazer o mesmo.

Ascom: Vocês acham que essa atividade tem o reconhecimento que merece?

Nissa - Para a maioria das pessoas, mesmo para os profissionais de saúde, a atividade da doula ainda é pouco conhecida e, portanto, pouco reconhecida, mas acredito que as gestantes que tiveram a chance de ser acompanhada por nós no seu processo de parir reconhecem a importância fundamental deste apoio.

Jaqueline - Ainda não. Estamos longe desse reconhecimento. É necessária uma conscientização dos profissionais em saber o nosso verdadeiro papel e deixar com que possamos trabalhar de forma a somar para que a mulher seja a protagonista do seu momento.

Paula – Infelizmente, hoje nós não temos o reconhecimento necessário, principalmente dos profissionais de saúde. A maioria deles não nos olha como uma ajuda e sim como um problema.

Ascom: Qual a vantagem da presença de vocês neste ambiente hospitalar? Qual o grande diferencial da doula no HU?

Nissa - A grande vantagem é que a gestante, que, ao longo da história de atendimento hospitalar no nosso País, tinha que enfrentar sozinha o trabalho de parto, muitas vezes assustada e com medo, o que necessariamente influencia na sua percepção sobre a intensidade da dor, agora conta com um suporte de uma mulher preparada para apoiá-la, orientá-la, tranquilizá-la e, assim, contribuir para que a gestante saia do ciclo: medo, tensão e dor.

Jaqueline - A vantagem é a tranquilidade que proporcionamos às mulheres, que muitas vezes chegam assustadas e com muito medo do que será feito com elas, pois nós trazemos um pouco de paz, carinho e aconchego. A diferença da nossa presença hospitalar para a domiciliar é que ficamos um pouco limitadas aos procedimentos e ao espaço físico que dificulta as atividades. Às vezes, queremos realizar dinâmicas e ações que aprendemos, mas, por estarmos em um ambiente restrito e com regras, acabamos por tirar um pouco dessa dinâmica.

Paula - A vantagem, que até muitos profissionais já perceberam, é que os partos se tornam mais rápidos com a doula, pois a mulher fica mais tranquila, evitando até os gritos que são comuns nos trabalhos de partos.


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Revisão: Charles Mendes

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Aline Acazoubelo
Última alteração em: 18/12/2014 18:39

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