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SÃO LUÍS - Ocorreu, nesta terça-feira (16), a Primeira Sessão Itinerante da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão, no Miniauditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, da Cidade Universitária, às 9h, aberta aos alunos do curso de Direito.

Essa sessão representa a composição de uma câmara, composta por pequenos grupos de desembargadores, que proferem seus votos em grau de recurso em processos judiciais, ou seja, os processos já foram decididos em primeira instância e as partes recorreram para o tribunal. Cerca de 97 processos em grau de recurso foram julgados.

A sessão contou com os desembargadores Antônio Guerreiro Junior, Marcelo Carvalho Silva e José Ribamar Castro, os advogados das partes e a equipe técnica do tribunal, responsáveis pela digitalização dos processos e sonorização do local.

A sessão de julgamento desses processos funcionou da seguinte forma: o Juiz Relator, principal responsável pela análise de um processo, sendo de sua competência apresentar o relatório – resumo sobre o que ocorreu no processo - e o voto, que se configura como a decisão a respeito do caso. Com base nesse relatório e no voto, os demais membros do tribunal apresentarão o seu voto, que pode se limitar a acompanhar o voto do relator.

A participação dos discentes objetivou dar oportunidade aos alunos de assistirem e observarem, pela primeira vez, como funciona uma sessão. Segundo a coordenadora do curso de Direito da UFMA, Lucyleia França, esta é uma forma de estreitar os laços e fazer com que a justiça esteja mais próxima do cidadão. “É uma forma de abordar a prática profissional do aluno, permitindo à comunidade universitária saber como funciona, na prática, um julgamento dessa natureza”, pontuou.

Os alunos Wady Miguel Matni e Luís Fernando Moraes, ambos concluindo o quarto período do curso de Direito, afirmaram que a sessão foi uma oportunidade de vivenciar, na prática, o que aprenderam durante as aulas teóricas.

De acordo com o reitor Natalino Salgado, o evento foi um ato histórico e um gesto de aproximação com a sociedade, entendendo que a universidade é pública e aberta para todos. “A área Itaqui-Bacanga é uma área desprovida de assistência, então é de importância que a justiça saia de seus palácios e vá até a universidade”, afirmou.

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Revisão: Charles Mendes

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Carina Andrade
Última alteração em: 18/12/2014 17:23