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Seminário Turismo Acessível é realizado pela UFMA em parceria com SEMTUR

O evento tem como objetivo discutir acessibilidade em São Luís e a importância para a comunidade local e para o desenvolvimento do Turismo

Publicado em: 19/09/2014

SÃO LUÍS – Foi realizado nesta sexta-feira, 19, no Auditório Central da UFMA, o Seminário Turismo Acessível com o tema ‘Inclusão Social e Mercado Potencial’. O evento foi realizado pelo Núcleo de Acessibilidade da UFMA em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, por intermédio do curso de Turismo em conjunto com a Empresa Junior de Turismo (Labotur).

Com o objetivo de discutir a acessibilidade em São Luís e a importância para a comunidade local e para o desenvolvimento do Turismo, o seminário contou com uma palestra originada do tema do evento, ‘Turismo e Acessibilidade: inclusão social e mercado potencial’, ministrada pelo consultor de Turismo Acessível, Ricardo Shimosakai, que falou dos relatos de experiências de outras cidades que estão administrando bem o turismo inclusivo e de ações desenvolvidas pelo Ministério do Turismo para Acessibilidade.

Na abertura do evento, um dos pontos marcantes foi o momento em que todos os integrantes da mesa iniciaram suas falas sem o uso do microfone, em respeito aos deficientes visuais que estavam no local, para que estes pudessem ter a localização de cada componente da mesa.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMDEF), Márcio André Azevedo, elencou as atividades que a entidade está desenvolvendo e o compromisso de continuar a lutar pelos direitos das pessoas com deficiência. “A gente tem que quebrar esse paradigma de que não podemos mexer no patrimônio histórico, porque temos direito de acessibilidade, e disso não vamos abrir mão”, pontuou. O presidente do conselho aproveitou a oportunidade para convidar as pessoas a participarem do Seminário Municipal de Paradesporto que será realizado na próxima sexta-feira, no Auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire.

O Secretário Municipal de Turismo, Lula Filho, garantiu que a sua entidade não vai abrir mão de lutar diariamente para garantir acessibilidade, principalmente em três pontos da cidade: o Centro Histórico, Lagoa da Jansen e Avenida Litorânea. A diretora do Departamento de Extensão da UFMA, a professora Marilene Sabina de Bezerra, representando o reitor Natalino Salgado, mostrou o compromisso da UFMA com a acessibilidade, que justificou o motivo da criação da Divisão de Acessibilidade.

Em seguida, o consultor de Turismo Acessível, Ricardo Shimosakai, começou a sua explanação com apresentação de números. Ele mostrou que um bilhão de pessoas no mundo, 14 por cento do total, têm alguma deficiência. No Brasil, são 45 milhões de pessoas, quase 24 por cento da população com alguma deficiência. Nesse total, mais de sete por cento são idosos, quantitativo correspondente a 14,1 milhões de pessoas.

Ricardo Shimosakai ministrou sua palestra tecnicamente mostrando o quanto pode ser lucrativo criar um negócio com inclusão e acessibilidade. Para ele, “turismo, acessibilidade e inclusão são tripés para o sucesso”, contou.

O consultor de turismo acessível contou que atualmente o turista brasileiro com deficiência está viajando mais para o exterior do que fazendo turismo no território nacional, pois, no Brasil, está faltando acessibilidade. Desta forma, concluiu que o país está perdendo muito dinheiro com o problema. “O Brasil perde mais de 200 milhões de reais de turistas deficientes que viajam para o exterior por falta de acessibilidade nos pontos turísticos aqui”, alertou.

O palestrante finalizou declarando que a principal causa do êxodo dos turistas brasileiros com deficiência é a falta de sinalização nos lugares públicos de diversão, nos transportes, nas avenidas e em vários outros lugares. Ele ainda frisou a garantia de acesso da norma da ABNT NBR 9050, que fala de acessibilidade em edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos reservados aos deficientes e que em muitas das vezes é completamente desrespeitada.

Após a explanação, o deficiente físico, Aranei Costa, comprovou as informações de Shimosakai com declarações de sua experiência pela cidade de São Luís. Ele lamenta a falta de acesso que os deficientes têm para transitar na capital maranhense e destaca que faltam rampas adequadas, elevadores, sinalizações, transportes - tanto coletivos quanto privados - e muitas outras sinalizações. “Falta o cumprimento de fiscalização das leis que garantem acessibilidade aos deficientes”, reclamou.


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Revisão: Patricia Santos

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Deolindo Deolino
Última alteração em: 22/09/2014 15:22

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