UFMA

SÃO LUÍS - A inauguração do Laboratório de Arqueologia (LAQ) está coincidindo com a realização do I Seminário, ligado ao setor, cuja abertura foi feita ontem com a conferência de abertura do professor da Unicamp, Pedro Paulo Funari, sobre a Arqueologia no Brasil: História e Perspectivas. Antes, porém, houve uma mesa de abertura com a presença do reitor Natalino Salgado Filho, do professor Alexandre Navarro e da Superintendente do IPHAN, Kátia Bogea.

Na oportunidade, Kátia Bogea foi a primeira a falar, observando que a criação de laboratórios ligados aos cursos da área de patrimônio, os professores e alunos vão poder ampliar e aprofundar as pesquisas e estimular a formação de profissionais qualificados para o trabalho em arqueologia. “Hoje, temos um novo nicho de trabalho que é a arqueologia de mercado, uma área de responsabilidade das empresas que precisam fazer pesquisa de prospecção antes da realização de grandes projetos”, disse para complementar que no Brasil só existem 574 profissionais atuando na área.

Ao parabenizar os participantes do evento, Kátia lembrou que o Maranhão precisa urgentemente de um curso de Graduação e, posteriormente, de Pós-Graduação nessa área, tal como os 14 já existentes em Recife, Aracaju e Belém. A informação foi reforçada pelo coordenador do LAQ, Alexandre Navarro, que lembrou que laboratórios desse porte exigem equipes qualificadas; equipamentos adequados e projetos de pesquisa consistentes. “O LAQ tem competência para trabalhar nas áreas de escavação; restauro e material lítico. Neste momento, estamos focando a nossa pesquisa nas ocupações lacustres pré-históricas chamadas de estearias, principalmente as localizadas na baixada maranhense”, informou o coordenador.

Na opinião do reitor Natalino Salgado Filho, o LAQ já está nascendo pequeno por conta da grande quantidade de atividades que estão sendo realizadas ao mesmo tempo pelo grupo de pesquisa. Além de manter o seu apoio incondicional para a criação do primeiro curso de arqueologia do Maranhão, o reitor também enfatizou que esse projeto não poderia acontecer sem o entusiasmo da equipe que acompanha o professor Navarro.

Dos três projetos de pesquisa que estão sendo realizados pelo setor, o mais importante, segundo o professor Navarro, é o das estearias, habitações lacustres de povos indígenas que habitaram a região da baixada e que viviam – entre outras atividades da pesca. “Imaginamos que esses povos eram comunidades que viviam da pesca que iam e vinham do caribe ou a chamada América indígena para efetuar trocas e que pertenciam ao tronco etno-linguístico Aruake”, analisou.

Deste modo, tanto a organização do laboratório quanto a realização do seminário são de responsabilidade do Departamento de História e vinculados ao Programa de Pós-Graduação em História Social.

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Revisão: Charles Mendes

Lugar: Cidade Universitária Campus do Bacanga
Texto: Ascom
Última alteração em: 17/09/2014 14:17