UFMA

SÃO LUÍS - Um acervo com 300 peças resultantes dos sítios arqueológicos da Baixada Ocidental maranhense, equipamentos de pesquisa de última geração e uma pequena biblioteca setorial compõe o patrimônio do Laboratório de Arqueologia inaugurado ontem na UFMA. O laboratório, que já nasce com três projetos de pesquisas financiadas pela FAPEMA, no valor de R$ 300 mil reais, também recebeu ontem do representante da empresa Suzano Papel e Celulose, Henrique Alexandre Dourado Lima, o recurso de R$ 1 milhão e 300 mil reais de compensação ambiental para a realização de pesquisa aplicada.

A inauguração, que contou com a presença do reitor Natalino Salgado Filho; da Superintendente do IPHAN, Kátia Bogea; do diretor do campus de Pinheiro, Hicley Marques, da Pró-Reitora de Ensino, Isabel Ibarra; da Pró-Reitora de Extensão, Marize Aranha; do diretor do Centro de Ciências Humanas, Francisco de Jesus Silva de Sousa; e do Coordenador do Laboratório, Alexandre Navarro, também visa estimular a implantação de um futuro curso de Graduação em Arqueologia na UFMA, assim como consolidar a Pós-Graduação em História.

O curso de arqueologia deverá funcionar na antiga fábrica Progresso, posteriormente chamada de SIOGE, com recursos de R$ 11 milhões da Petrobrás, cuja restauração e requalificação ficará a cargo também do IPHAN. “O IPHAN está há 77 anos trabalhando na proteção do patrimônio arqueológico e, atualmente, tem estimulado a pesquisa acadêmica. A nossa parceria com a UFMA tem funcionado muito bem e a nossa intenção é que o Laboratório - que já possui licença pública da instituição para pesquisa e proteção - possa realizar os seus estudos”, reforçou.

No seu discurso, o reitor Natalino Salgado Filho confirmou a parceria com o IPHAN e ressaltou que o desenvolvimento de projetos como esses deverão ampliar a participação dos alunos da Graduação e da Pós-Graduação, assim como os pesquisadores na extensão, na pesquisa e na organização de eventos, voltados para o aperfeiçoamento dos seus estudos. Da mesma forma, o Coordenador do Laboratório, Alexandre Navarro, também ressaltou o papel que será exercido pelo Laboratório na formação, sobretudo, dos alunos diretamente vinculados ao projeto.

A concepção do laboratório começou, em 2010, com a entrega do prédio de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais e a organização dos primeiros estudos sobre arqueologia. Atualmente, além do coordenador Alexandre Navarro, o laboratório conta com a participação do museólogo Helder Luiz Bello de Mello e dos alunos pesquisadores Cássia Betânia Sousa Ferreira, Darlan Rodrigo Sbrana, Flaviomiro Mendonça, Joás Ramos, Karen Cristina Costa da Conceição e Thalisson Henrique Silva.

Peças Pré-Históricas 

O acervo, que faz parte do Laboratório de Arqueologia, é composto de peças de povos pré-históricos, datadas de 550 anos depois de Cristo e recolhidas por alguns anos por uma moradora de Pinheiro. São oriundas do Rio Turiaçu, no município de Santa Helena, compostas por cerâmicas (vasilhames, estatuetas, pratos, cálices, peças de tecelagem), pedra e material lítico, segundo explicou o aluno bolsista Flaviomiro Mendonça, que, mais adiante, informou que as peças são provavelmente do povo Aruake.

Quer ver uma iniciativa bacana do seu curso divulgada na página oficial da UFMA? Envie informações à Ascom por WhatsApp (98) 98408-8434.
Siga a UFMA nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e RadioTube

Revisão: Charles Mendes

Lugar: Cidade Universitária Campus do Bacanga
Texto: Ascom
Última alteração em: 16/09/2014 17:36