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Estudante apresenta dissertação sobre envenenamento das caravelas em praias de São Luís

A pesquisa, segundo o professor e orientador Jorge Nunes, pode ser utilizada na formação de um protocolo de atendimento a banhistas envenenados

Publicado em: 22/08/2014

SÃO LUIS - A Estudante do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão, Denise Maria Ramalho Ferreira Bastos, defenderá, nesta terça-feira (26), no Auditório do Mestrado em Saúde Madre Deus, no Centro, em São Luís, a sua dissertação que tem como o tema ‘A frequência das Caravelas nas Praias de São Luís e os Diagnósticos dos envenenamentos’. A pesquisa tem como objetivo perceber o grande problema de saúde pública originado pelas caravelas que tem se repetido frequentemente nas praias locais, os motivos da presença delas nesses locais e a sua caracterização. A pesquisa contou também com a participação do coordenador do Departamento de Biologia do Campus Chapadinha da UFMA, Jorge Nunes, também orientador da dissertação da estudante, e mais cinco estudantes do Grupo de Pesquisa Projeto Physalia, que trabalhou no mesmo assunto.

A caravela é um animal marinho do grupo dos cnidários de cor azul e tentáculos cheios de células urticantes. Suas células contêm venenos que fazem mal ao ser humano caso entre em contato. As caravelas aparecem nas águas de todas as regiões tropicais dos oceanos e flutuam à superfície das águas, empurradas pelo vento, mantendo seus tentáculos soltos abaixo com a finalidade de capturar peixes para a sua alimentação. Seus tentáculos podem chegar a 20 metros, contudo ela mede geralmente 30 cm.

Segundo a pesquisadora, Denise Bastos, a ideia de estudar as caravelas surgiu entre 2003 e 2004, após conversar com vários amigos pesquisadores e pescadores e se interessar em saber a causa da abundância das caravelas nas praias de São Luís em algumas épocas do ano. Em 2012, com a aprovação do projeto da aluna, o professor Jorge Nunes, criou uma metodologia de pesquisa que foi utilizada para coletar dados nos locais de incidência. Essa metodologia foi apresentada em eventos e foi elogiada, passando a ser usada em instituições de pesquisa com trabalhos semelhantes.

Desta forma nasceu o Projeto Physalia, que aplicou questionários junto a moradores e visitantes das praias do Calhau e São Marcos para aprofundar os conhecimentos sobre a biologia e ecologia das caravelas. Também foram feitas, por parte do grupo, palestras de orientação em escolas da capital maranhense, ministradas como forma de educar as pessoas para o perigo das caravelas. “O resultado foi tão positivo que nós criamos um blog que leva o mesmo nome. Ainda hoje é muito acessado e é grande referência sobre as caravelas no Brasil”, disse Denise Bastos.

Ela disse também que o intuito da pesquisa é de fazer compreender a existência de uma relação entre fatores bióticos e abióticos com o padrão da frequência das caravelas e os principais aspectos que envolvem os envenenamentos por elas. A pesquisa contou com dados do Grupamento de Bombeiros Marítimos do Maranhão, da Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania e do laboratório de metodologia da UFMA.

O professor Jorge Nunes disse que a grande divulgação da pesquisa no Brasil fez com que se associassem com o professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Vidal Haddad Junior, maior autoridade médica e pesquisador no campo dos acidentes com organismos aquáticos, inclusive com caravelas. A parceria rendeu uma ajuda significativa para a dissertação de Denise Bastos. “Durante este período obtivemos informações que coloca São Luís como um dos lugares do planeta com maior incidência de caravelas”, afirmou Nunes.

E disse também que diante de tudo que o grupo tem estudado, os resultados têm sido fundamentais para a prevenção de envenenamentos de pessoas que frequentam as praias de São Luís, assim contribuindo para a saúde pública e coletiva da população.  Ele espera que as autoridades possam colocar em prática as informações a favor do cidadão, pois considera que esta dissertação é um grande divisor de águas para a criação e o gerenciamento do plano de prevenção aos envenenamentos. Além disso, espero que considerem o nosso protocolo como ferramenta padrão no atendimento dos banhistas”, ressaltou o professor.


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Produção: Alexssandro Rodrigues
Revisão: Patricia Santos

Lugar: Cidade Universitária do Bacanga
Texto: Osmilde Miranda
Última alteração em: 22/08/2014 19:17

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