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SÃO LUÍS – A 35ª edição do concurso literário “Cidade de São Luís” teve como vencedora a estudante de Jornalismo da Universidade Universidade Federal do Maranhão, Sabryna Mendes, de 21 anos. Com o livro “Cafés Amargos”, Sabryna ganhou o Prêmio Aluízio Azevedo na Categoria Romance. O concurso tem por objetivo selecionar, premiar e publicar trabalhos inéditos de autores maranhenses.

A estudante conta que tudo começou na disciplina de Teoria Narrativa no curso de Comunicação Social – Jornalismo da UFMA. Ela explica que, durante as aulas, uma das avaliações consistia em fazer um conto. Desde então, o gosto por esse tipo de escrita foi se aperfeiçoando. “Sempre gostei de escrever e, quando surgiu o edital do concurso Cidade de São Luís, pensei em me inscrever para ver no que ia dar”, contou Sabryna. A estudante também conta que não tinha a menor pretensão de ganhar, até pela complexidade que um romance demanda. “Nunca tinha escrito nada tão longe, nem que envolvesse criar personagens, além de tudo não tinha participado de nada parecido. Ganhar foi surpreendente, por saber que eu estava no caminho certo. Só em pensar que um júri especializado avaliou e gostou já é bem gratificante”, comemorou.

O livro narra a história do escritor Tomás, que tem o desejo de obter reconhecimento com seus livros. Ele fica famoso com seu primeiro lançamento, mas o sucesso sobe à cabeça e ele não consegue administrar. A obra conta a trajetória do seu sucesso ao fracasso. Ela apresenta também outros personagens, como Marina, que tira Tomás do estado de bloqueio literário. Depois da publicação, Sabryna participou de palestras e encontros literários. Na última quarta-feira, 21, ela foi convidada a participar do projeto Literatura Mútua, com a escritora Talita Guimarães, que reúne autores contemporâneos em rodas de conversas mensais, nas quais comentam seus livros e suas experiências, além de tratarem sobre processos de escrita, leitura e influências.

Como acadêmica de Jornalismo, Sabryna revela que a identificação com o curso se iniciou por conta da escrita. O curso também ajudou a estudante a incorporar as técnicas que aprende no Jornalismo para a literatura. Já com a experiência do romance, a jovem escritora comenta que isso influencia no modo de ver as coisas. “Na Universidade temos um modo mais objetivo de interpretar as coisas, mas existem as áreas que podemos colocar nosso olhar poético, como o jornalismo literário e crônicas”, contou.

Para o futuro, Sabryna adianta que continuará frequentando projetos e cursos literários e almeja participar de outros concursos. Ela enfatiza que escrever está sendo um trabalho paralelo por conta da Universidade, mas confessa que não pretende parar de fazê-lo. É possível encontrar “Cafés Amargos” na Livraria Vozes e na Leitura.

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Texto: ASCOM/UFMA
Última alteração em: 28/09/2016 09:39